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BR: Melhor do mundo no futsal, Ferrão busca repetir feitos de Falcão e Manoel Tobias

11 de setembro de 2021 às 17:18:12


Brasileiro é ídolo no Barcelona — Foto: @ferraofutsal

Catarinense de 30 anos quer entrar para o seleto hall de jogadores que ganharam o prêmio Futsal Planet e foram campeões do mundo. Brasil estreia no Mundial na próxima segunda às 14h

Eleito o melhor jogador de futsal do mundo pelos últimos dois anos (2019 e 2020), Ferrão agora tem uma nova missão pela frente. Aos 30 anos, o pivô natural de Chapecó-SC busca levar o Brasil ao título da Copa do Mundo da Lituânia, que começa neste domingo. Caso alcance a façanha, o ídolo do Barcelona se juntará a um seleto hall de jogadores que ganharam o prêmio Futsal Planet e foram campeões do mundo pelos seus respectivos países.

+ Confira a tabela da Copa do Mundo de Futsal

O grupo inclui Falcão e Manoel Tobias, ambos bicampeões mundiais pelo Brasil e vencedores do troféu anual de melhor atleta de futsal do planeta.

O Brasil faz o seu primeiro jogo da Copa do Mundo na próxima segunda-feira, às 14h (de Brasília), na cidade de Klaipėda. O adversário é o Vietnã. A Globo, SporTV eo ge transmitem ao vivo.

O Ferrão hoje, realmente é o melhor jogador do mundo, porque ele sabe usar, além da qualidade física, a técnica e a habilidade - comentou Manoel Tobias.

- Ser decisivo nos momentos mais cruciais é fundamental não só pro futsal, mas pra qualquer esporte. Essa é uma das qualidades mais importantes para um jogador chegar ao posto de melhor do mundo - complementou Falcão.

Nascido em 29 de outubro de 1990, Carlos Vagner Gularte Filho herdou o apelido e o DNA de atleta do pai. Conhecido como Ferrão, por conta do seu vigor em campo, o patriarca da Família Gularte foi jogador profissional de futebol de 1983 a 1994, tendo passado por Grêmio e Chapecoense no início da carreira.

- Eu era atacante e eu não dava espaço para o zagueiro, não deixava o zagueiro sair jogando. Então começaram a falar: "Esse cara só quer ferroar, só que ferroar", ai colocaram Ferrão. Quando nasceu meu primeiro filho, foi dado o apelido de Ferrãozinho - contou Carlos Vagner Gularte.

Diferentemente do pai, Ferrão escolheu as quadras ao invés dos campos. Revelação das divisões de base do Joinville, ele chegou ao Atlântico Erechim em 2008, tendo passado pelo Farroupilha em 2010, antes de deixar o país aos 21 anos. Na Rússia, o catarinense atuou de 2011 a 2014 no MFK Tyumen, tendo sido destaque da equipe.

Em 2014, Ferrão foi contratado pelo Barcelona, clube pelo qual empilhou diversos troféus e foi alçado ao posto de melhor jogador do mundo. Apesar da carreira consolidada na Espanha, o pivô vai para a sua primeira Copa do Mundo, justamente no primeiro Mundial sem Falcão desde 1996.

- Todos os jogadores que estão aqui, incluindo os que não estão, quando vestem essa camiseta é um orgulho e tentam o melhor possível para botar o Brasil onde tem que estar, que é ser campeão do mundo - disse Ferrão.

Apesar de elogiar os companheiros de seleção, ele não foge da responsabilidade ao reconhecer que chega para o Mundial vivendo o auge da carreira.

- A verdade é que me encontro bem, melhorando a parte física a cada dia e chego para o Mundial num bom momento. Estou muito feliz com o que está acontecendo, mas agora tenho a missão de ajudar o Brasil a conquistar esse título - finalizou Ferrão.

Além do Vietnã, o Brasil tem República Tcheca e Panamá como adversários no grupo D do Mundial. A Copa do Mundo da Lituânia vai até o dia 3 de outubro.

Os jogadores que já foram melhores do mundo* e campeões da Copa do Mundo Fifa:

Falcão - campeão mundial em 2008 e 2012. Melhor do mundo em 2004, 2006, 2011 e 2012

Manoel Tobias - campeão mundial em 1992 e 1996. Melhor do mundo em 2000, 2001 e 2002

Schumacher - campeão mundial em 2008. Melhor do mundo em 2008

Javi Rodríguez (Espanha) - campeão mundial em 2000 e 2004. Melhor do mundo em 2005

Kike (Espanha) - campeão mundial em 2000 e 2004. Melhor do mundo em 2009

*O prêmio melhor do mundo Futsal Planet é anual e existe desde 2000. Além dele, há a Bola de Ouro Fifa, de quatro em quatro anos, sempre após os Mundiais. Na Copa do Mundo de 2016, o argentino Fernando Wilhelm faturou o prêmio. Falcão levou em 2004 e 2008. Neto em 2012.

Fonte:  Flávio Dilascio e Juliano Lima — Rio de Janeiro  - GE

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