BR: O erro e os mecanismos de defesa que impedem o desenvolvimento
O atleta é um executor por excelência.
O número de vezes que um atleta em quadra ou campo, nas mais diversas modalidades esportivas possui a obrigação de decidir, realizar escolhas e tomar decisões é da ordem das centenas.
Parodiando Sartre, o ATLETA ESTÁ CONDENANDO A DECIDIR E EXECUTAR.
O homem para poder atravessar todas as dificuldades impostas nesses bilhões de anos desenvolveu alguns mecanismos de sobrevivência tais como o sistema emocional que o direciona para fuga ou luta de maneira rápida e a sociabilidade como meio de JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.
No entanto, o ser social esconde, por vezes o ser individual, onde a medida de si é feita a partir do outro e a aprovação, daquele que não é você, é mais válida que suas próprias varáveis de desempenho. O estar com o outro pode levar alguém a ter resultados ótimos sem a carga da produção ( e suas consequências ) que deveria ou poderia realizar.
A visão do erro como dependente do aceite do outro ou como única medida de performance do atleta, pode levar a mecanismos de defesas consciente e inconscientes no âmbito individual e coletivo, os quais impedem o desenvolvimento seja da ordem técnica, tática ou de personalidade para decidir.
Abster-se de executar, não colocar-se a disposição de ser o executor, tratar eventos como fáceis demais ou no polo contrário como fora de suas possibilidades de realização tendo-os como impossíveis, podem ser sintomas de um entendimento desviado sobre a necessidade da construção do acerto por meio da via do aprendizado e a massificação do treinamento.
O ato julgador interno é muito mais devastador do que o externo, pois este sempre está presente. Lutar contra este inimigo que não promove sua evolução, que o joga na arena social para ser julgado e responsabilizado é o maior desafio para o desenvolvimento integral, pois o protege com a segurança da fuga dos seres coletores .
Fonte: Daniel Jr – Técnico do JEC/Krona Futsal